Vamos tirar as máscaras? E mostrar o nosso verdadeiro EU?
Hoje é o dia de Carnaval. E esta celebração anual traz muitas máscaras.
As pessoas vão para a rua mostrar o que não são, quem gostariam de ser, projeções de sonhos nunca realizados, diversão e samba que se calhar nem vem de dentro e vão só porque é normal ir festejar.
O Carnaval é uma festa que precede a quarta-feira de cinzas, compreendendo três dias de celebração.
A palavra “Carnaval” tem origem no latim, derivando de “carna vale”, que significa “adeus à carne”.
Origem do Carnaval:
- Inicialmente, o Carnaval estava relacionado a rituais de fecundidade da terra, organizados na passagem de ano e no início da primavera.
- Com o advento do Cristianismo, o Carnaval perdeu parte de seu caráter simbólico e místico.
- Os bailes de máscaras surgiram na França por volta do século XVII e se popularizaram em outros países europeus.
- Durante o Renascimento, as festas carnavalescas ganharam grande popularidade, especialmente na Itália (em Roma e Veneza).
Carnaval é hoje e as máscaras todo o ano vão terminar. Quem vem comigo?
Porque colocamos máscaras?
Eu achava que seria maravilhoso ser criança, porque esse é o estado natural da mente humana, viver em amor, na inocência.
Imaginem esta história, que não deve ter nada a ver com a realidade atual…Ah ah!
A Maria criança com 5 anos, chegou a casa da escola às 19h (ou para pais mais conscientes vamos dizer que chegou às 17h/18h)…
Como é de esperar, a Maria quer brincar e começa a chamar a mãe e o pai…quer ir brincar para a rua, o sítio natural de brincar…
A mãe e o pai estão ocupados, a mãe a fazer o jantar e o pai no telemóvel a responder a e-mails. ( Pode ser pai a cozinhar e mãe ao telemóvel ou ao PC, é igual).
A Maria sente-se ignorada pois ninguém a ouve e não vêm brincar com ela.
A Maria começa a ficar zangada, a falar mais alto.
A mãe diz que não pode vir e o pai continua sem olhar. Na sequência, a Maria começa a gritar e a ficar zangada.
O pai vem zangado e diz para ela parar, aos gritos. Adicionalmente, diz que agora não pode brincar com ela, e que ela tem que ficar sozinha, pois o pai está a trabalhar e a mãe a fazer o jantar. E que não pode fazer birras! ”Não há birras cá em casa”.
A Maria fica triste e começa a chorar e ninguém lhe dá atenção…
E ainda ouve coisas como estas:
Estás a chorar para quê?
Vou aí com o rolo da massa e aí é que ficas com razões para chorar!
… ou então vai o pai ou mãe ter com ela, e como sabem que gosta de ver bonecos no youtube, põe-lhe um tablet na mão, para ela se acalmar…e o tema fica resolvido!
…e mais e mais que haveria para contar sobre histórias semelhantes…
O que se passa com as crianças ?
Que estratégias de sobrevivência a Maria vai ter que criar para viver nesta família?
Para não poder expressar a sua raiva e a sua tristeza? Começa a usar máscaras!
As crianças, hoje em dia, especialmente depois dos 3 anos, começam a ser contagiadas por essa doença mental em que vivem os pais, e são programadas para viver na sociedade atual.
Os adultos captam-nos a atenção e introduzem informação na nossa mente!
Começam literalmente a domesticar os filhos, como todos os outros seres humanos fizeram antes, tal como se faz aos animais.
O que se chama educação é sim domesticação.
As crianças começam a ter medo de tudo, medo do castigo, medo de não ser aceite, medo de expressar quem são, medo da rejeição, medo de não ser suficientemente bons…Em vez de viverem alegres e a serem que são, começam a imitar e querer são o que lhes dizem que devem ser!
E é melhor começar a praticar ser o que os outros querem que seja, em vez de ser quem naturalmente sou! Assim sinto que pertenço, que sou amado/a.
As crianças criam uma imagem na escola e outra em casa, para se sentirem amadas, validadas, e vão criando máscaras ao longo da vida!
E o que se percebe é que os adultos de hoje, que não estão a ser iniciados a adulto, continuam a ser essas crianças com essas máscaras para se protegerem.
E assim, em vez de usarem a máscara só no dia de Carnaval, já estão tão entranhadas as máscaras dentro de si, que nem sabem o que é máscara ou o que são eles mesmos!
A mentira faz parte do dia a dia e nem se sabe que se está a mentir a si próprio.
É que praticar uma vida inteira ter máscaras, só para pertencer, é duro depois quando se quer assumir o verdadeiro EU, saber quem eu sou mesmo.
Como tirar essas máscaras?
1 – Escutar sempre o meu interior e só dizer e fazer o que vem do meu coração;
2 – Estar perto de pessoas que me aceitam, sem essas máscaras;
3 – Saber quem sou e acreditar em mim;
4 – Quando tiver dúvidas sobre se sou EU ou a máscara a agir, ver qual o propósito que está por detrás disso ( consciente ou inconsciente);
5 – Estar consciente que ser EU mesmo tem as suas consequências e ir com isso na vida, sem medos;
6 – Se SOU eu mesmo/a, juntar-me a outros seres que também são quem são;
7 – Estar sempre em verdade e autenticidade comigo mesmo;
8 – Fazer Processos de Cura Emocional para me libertar de decisões que me levaram a criar máscaras;
9 – Iniciar-me a adulto/a e tornar-me responsável pela vida que vim viver aqui neste planeta.
Se quiseres saber mais sobre estes temas, podes falar comigo. E deixa aqui nos comentários se ainda usas máscaras e se já não usas, que estratégias usaste para voltares ao teu SER, para benefício de outras pessoas.
Até breve,
Eu estou por aqui.
Evolução, Transformação, Cura, Amor, Compromisso